Dentre um turbilhão de pensamentos, um nome se destaca.
Sua presença em minha mente e coração é constante, embora fisicamente a distância se faça um empecilho.
É como se minha alma o clamasse, um grito desesperado que quase me ensurdece.
Pergunto- me porque ele não escuta.
Talvez ignore de propósito meu chamado, para não ter que lidar com assombroso sentimento.
Uma mistura singular de amor, necessidade e desespero. Desespero pela companhia dele.
Embora haja dor, não há sofrimento. Mas a dor ainda sim deixa um gosto amargo, tornando o amor impuro.
O objeto de meu amor é um desconhecido, nuances de sua face é tudo a que tenho acesso, mas o sentimento continua lá.
Talvez passado unidades de tempo duradouras, o amor impuro se purifique por meio do conhecimento e da sabedoria, anulando a necessidade física que por conseqüência torna o amor ainda mais profundo e complexo.
Sem o físico o que resta é a substância em si, o amor verdadeiro, livre de objetivos egoístas, um amor perfeito.
No entanto por hora o meu amor é um amor mundano, baseado nos desejos de um ego confuso, mas ainda assim amor. Penso que isso deveria significar algo. No momento minha vontade é apenas conhecer- lhe. Doeria nele atender meu pedido?
Sou um ser não horrível a ponto de não merecer uma única chance?
Ou ele apenas não é o homem que me é destinado?
Mas se ele não é o certo, qual o propósito divino para este sentimento?