domingo, 4 de março de 2012

Maldita Ideia.


Ideais podem nos levar longe.  Hoje, não falo de idéias nobres, com pretensões a atos heróicos como já disse em outro texto, hoje, falo daquele pensamento egoísta, aquela ilusão de que podemos fazer de gente propriedade, criar uma dependência, falo daquele tipo de idéia com pretensões a atos dramáticos, atos que geralmente ocasionam verdadeiras tragédias.
Ideia absurda, como se fosse possível ter alguém para si. Carrapato psíquico ancestral, que não desgruda nem com reza braba. Por mais que repitamos a nós mesmos que pessoas não são coisas, pessoas são livres, não podemos prendê-las a nós, o subconsciente se finge de surdo, e pior às vezes obscurece nossas idéias para que esqueçamos também.
Existe um tipo de pensamento que cria raízes tão profundas, que é impossível arrancá-lo sem partir-se em pedaços, essa idéia de possuir pessoas é exatamente deste tipo, então para não termos o trabalho de nos refazermos depois, nós nos agarramos a ele, deixamos que ele nos leve por seus caminhos obscuros, mas esta é uma planta que suga tudo que seu solo pode lhe oferecer e mais, ela cresce à custa da saúde do eu. Não importa o quanto postergue, essa é uma árvore que você terá de arrancar ou o solo jamais poderá prover novamente. Essa árvore não é amor, não é nem da mesma família. Essa árvore não frutifica, não deixa cair nem folhas para adubar o solo. É como um tumor, e tumor ou você tira ou ele te mata.
É problemático, é bem tentadora, soa bem ao ego. Ela te faz de escravo para ser trazida a realidade, durante muito tempo muitos sucumbiram a ela, homens tentaram dominar mulheres e mulheres tentaram manipular homens, mas a realidade não aceita esse tipo, por isso o que se procedeu foram coisas verdadeiramente grotescas. Simplesmente porque os ser humano é um ser cuja sua constituição básica é a vontade, é o que o diferencia dos selvagens, e se alguém tentar controlar a vontade do outro, o ser controlado passa a ser um morto-vivo, tal situação não se sustenta por muito, ou o controlador será levado a uma culpa insuportável, ou o controlado se revoltará, e quando se der qualquer uma dessas hipóteses, aquela utopia ilusória se dissipará, e será possível ver que nunca havia sido real.
Eduque a sua mente, não se deixe levar por fantasias doentias que querem se tornar fatos.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

2012
Finalmente chegou o ano que todos conspiram a respeito, se perguntam o que irá acontecer: Vai chover bastante este ano? Vai ser mais quente? Haverá uma guerra nuclear entre USA e Rússia? Apocalipse está chegando? Vou morrer? Vou encontrar minha Alma Gêmea? Qual a origem da vida? Se você pensar bem a respeito, as perguntas tem sido as mesmas pelo menos pelas últimas décadas, algumas delas são feitas há séculos todos os anos, inclusive havia boatos de que o fim do mundo seria nos anos 2000.

Então o que tem de tão diferente dos outros anos? Absolutamente nada. A verdade é que o futuro é incerto, e é exatamente isso que mexe com a cabeça dos humanos, e eu não sou exceção. Neste ano principalmente. Sim, eu sei que eu disse que este ano não é igual aos outros, e eu continuo mantendo esta afirmação, acontece que este ano eu faço parte daquele grupo de pobres coitados, aqueles que vão terminar o ensino médio, e todos sabem o que isso significa: Vestibular.

A sociedade encoraja que jovens cheios de hormônios, inseguros, que são bombardeados com uma quantidade absurda de informação, influenciados por formas de ver o mundo que eles não concordam necessariamente, a não só fazer uma escolha permanente da qual eles não tem certeza como também quase se matar para concretizar essa escolha. Acho que eu consegui ilustrar bem a situação...

Existem situações que fazem com que tenhamos crises existenciais, o que é exatamente o caso. Pra descobrir o que queremos temos que saber quem somos, agora tente descobrir quem você é quando os hormônios estão a mil. Bem, essa é a minha missão pra esse ano. Descobrir quem eu sou, e quem eu quero ser.

Acho isso vai ser uma coisa boa pro meu blog, já que eu vou escrever mais sobre as coisas, espero conseguir mais leitores...

Me desejem sorte pois aqui começa minha jornada.




terça-feira, 15 de novembro de 2011

Conjecturando sobre Amor

Quando criamos o que chamamos substantivo abstrato acho que estávamos tentando achar uma classificação pro que chamamos de amor. Pare pra pensar, quando alguém te pergunta o que é “abstrato”? Ah... é tipo amor...

Tipo, acho, como se fosse, palavras que são sempre usadas quando se trata de amor e coisas abstratas, simplesmente indefinível. Uma das minhas citações favoritas sobre o amor diz assim: "Amor é um não- sei- quê, que surge não sei de onde, e acaba não sei como."

O que me leva a outra característica ou não característica desse sentimento, idéia ou reação química, chame do que quiser, acaba? Os românticos dizem que o verdadeiro amor não acaba, é uma oração sem ponto final, sem vírgulas, sem pausas. Deve ser por isso que nos deixa sem ar, eu imagino. Imagino, pois eu não sei. Mas será que não acaba? Onde começa o amor e termina a paixão? É possível dissociar? Afinal temos muitos amores ou muitas paixões?

Quando começo conjecturar sobre amor e paixão, eu começo a acreditar que nunca amei, porque todas as vezes que achei ter amado alguém se tratava de corpo, ter, tocar, estar perto. Tudo bem eu me preocupei com a pessoa, sim eu queria cuidar e proteger, mas passou não passou? Amor não passa, amor é uma reação em cadeia, depois que começa não para até consumir o combustível por inteiro, e você é o combustível, e assumindo que você não foi consumido então simplesmente não foi amor.

Então quem amou?Amor é real? Se não for então não resta mais nada a ser explicado, pois coisas irreais não começam nem terminam, não podem ser definidas com exatidão, não podem ser alcançadas nem tocadas, não se desgastam com o tempo, simplesmente não é real.Será então que uma idéia, uma fantasia, dita o destino de bilhões?Uma idéia apesar de abstrata se tornou tão concreta a ponto de alterar sistemas biológicos inteiros? Uma idéia é assim tão poderosa?

Idéias transformam o mundo, verdades de milhares alteram a realidade, mentiras de milhares alteram a realidade.O que se torna uma mentira em que todo mundo acredita? Se torna uma verdade, se torna real.Então Amor é real? Talvez seja, mas só se acreditam nele.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Uma História sobre Amor.

"
- Suspiros o dia inteiro, sonhando acordada, cantarolando pelos cantos, esses são os sintomas doutor.
- Não sei como te dizer senhorita, mas me parece um típico caso de amor.
- Oh não doutor! Estava esperando algo mais leve como câncer.
- Sinto muito.
- E agora?
- Bem, é verdade que não tem cura, mas é quase tratável.
- O que quer dizer com quase? Doutor não me esconda nada! Eu tenho direito de saber!
- Veja bem é que não há como saber quando vai passar, se vai passar... e talvez os sintomas piorem.
- Mas doutor não há nada que se possa fazer?
- Sim há.
- Ufa! Que alívio! Já estava perdendo as esperanças.
- Bom vou prescrever alguns filmes romanticos, chocolates de sua preferência, músicas inpiradoras, e talvez fosse uma boa ideia você escrever a respeito do que sente...
- Doutor isso vai melhorar os sintomas?
- Bem.. é que.., você sabe.
Moral da história : Quando se trata de amor ninguém sabe uma receita certinha sobre o que fazer, cada caso é um caso, a maioria das pessoas simplesmente não faz ideia do que fazer. Então viva seu sentimento como achar melhor e seja feliz. "

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

What do you think about this?

"Uma História de Amor Impossível


Conta a lenda que uma jovem mariposa - de corpo frágil e alma sensível -

voava ao sabor do vento certa tarde,

quando viu uma estrela muito brilhante, e se apaixonou.

Excitadíssima, voltou imediatamente para casa,

louca para contar à mãe que havia descoberto o que era o amor.



- Que bobagem! - foi a resposta fria que escutou.

- As estrelas não foram feitas para que as mariposas

possam voar em torno delas. Procure um poste ou um abajur,

e se apaixone por algo assim; para isso nós fomos criadas.



Decepcionada, a mariposa resolveu simplesmente ignorar

o comentário da mãe, e permitiu-se ficar de novo alegre

com a sua descoberta. - Que maravilha poder sonhar!- pensava.

Na noite seguinte, a estrela continuava no mesmo lugar,

e ela decidiu que iria subir até o céu,

voar em torno daquela luz radiante, e demonstrar seu amor.



Foi muito difícil ir além da altura com a qual estava acostumada,

mas conseguiu subir alguns metros acima do seu vôo normal.

Entendeu que, se cada dia progredisse um pouquinho,

iria terminar chegando na estrela,

então armou-se de paciência

e começou a tentar vencer a distância que a separava de seu amor.

Esperava com ansiedade que a noite descesse,

e quando via os primeiros raios da estrela,

batia ansiosamente suas asas em direção ao firmamento.



Sua mãe ficava cada vez mais furiosa:



- Estou muito decepcionada com a minha filha - dizia.

- Todas as suas irmãs, primas e sobrinhas

já têm lindas queimaduras nas asas, provocadas por lâmpadas!

Só o calor de uma lâmpada é capaz de aquecer o coração

de uma mariposa; você devia deixar de lado estes sonhos inúteis,

e arranjar um amor que possa atingir.



A jovem mariposa, irritada porque ninguém respeitava o que sentia,

resolveu sair de casa. Mas, no fundo - como, aliás, sempre acontece

- ficou marcada pelas palavras da mãe, e achou que ela tinha razão.



Por algum tempo, tentou esquecer a estrela

e apaixonar-se pela luz dos abajures de casas suntuosas,

pelas luminárias que mostravam as cores de quadros magníficos,

pelo fogo das velas que queimavam nas mais belas catedrais do mundo.

Mas seu coração não conseguia esquecer a estrela, e,

depois de ver que a vida sem o seu verdadeiro amor não tinha sentido,

resolveu retomar sua caminhada em direção ao céu.



Noite após noite, tentava voar o mais alto possível,

mas quando a manhã chegava, estava com o corpo gelado

e a alma mergulhada na tristeza. Entretanto,

à medida que ia ficando mais velha,

passou a prestar atenção em tudo que via à sua volta.

Lá do alto, podia enxergar as cidades cheias de luzes,

onde provavelmente suas primas, irmãs e sobrinhas

já tinham encontrado um amor. Via as montanhas geladas,

os oceanos com ondas gigantescas,

as nuvens que mudavam de forma a cada minuto.

A mariposa começou a amar cada vez mais sua estrela,

porque era ela quem a empurrava para ver um mundo tão rico e tão lindo.



Muito tempo se passou, e um belo dia ela resolveu voltar à sua casa.

Foi então que soube pelos vizinhos que sua mãe, suas irmãs,

primas e sobrinhas, e todas as mariposas que havia conhecido

já tinham morrido queimadas nas lâmpadas e nas chamas das velas,

destruídas pelo amor que julgavam fácil.



A mariposa, embora jamais tenha conseguido chegar à sua estrela,

viveu muitos anos ainda, descobrindo toda noite algo diferente

e interessante. E compreendendo que, às vezes,

os amores impossíveis trazem muito mais alegrias

e benefícios que aqueles que estão ao alcance de nossas mãos."